Vamos combinar uma coisa: os ex-governadores José Roberto Arruda e
Joaquim Roriz, ambos sem partidos, mas com capital político traduzido em
votos, são lideres que precisam manter a tropa unida em torno de um
projeto, de um sonho, senão todos se dispersam vagando em busca de
abrigo. Roriz é uma raposa, melhor, um animal político que, mesmo ferido
pela idade e exaurido de força física, ruge e faz algum barulho. Na
mesma escala se encontra José Roberto Arruda. Ele busca manter o seu
rebanho próximo a um chamado, mas também está baleado pela justiça.
Ninguém faz uma aposta de que ele sobreviva como esperança política,
caso sofra mais uma condenação.
Dito isso, vamos pensar juntos. Quem nesta quadra de tempo escasso em lideranças – e esperanças –, teria as bênçãos destes dois carismáticos líderes? Vamos à lista de pretendentes. Começando pelo PSD, onde se encontra a maior concentração de sonhadores em ocupar a vaga de Agnelo Queiroz. Eliana Pedrosa, Rogério Rosso e Liliane Roriz, três personalidades políticas, cada qual à sua maneira, conhecidos do distinto público eleitor e com serviços prestados aos brasilienses, se insinuam, mas não levantam a torcida. Eliana, deputada habilidosa e extremamente profissional, tem a dianteira nas pesquisas às suas pretensões, mas está longe de agregar os vários segmentos da sociedade, principalmente as classes A e B, fatias importantes na construção de imagens. Ela também não empolga os empresários e partidos tradicionais com peso eleitoral para ser a porta-bandeira de oposição ao PT e seus aliados. Carece de mais articulação nos bastidores e menos barulho nas mídias sociais. Embora esta ferramenta seja eficiente, mostrando modernidade na comunicação com o público, no entanto não sensibiliza os formadores de opinião. Falta um projeto consistente que dê segurança aos apoiadores da ideia.
Rogério Rosso. Tranquilo, bom moço, sem afetação elitista e afável no trato com as pessoas, tanto os mais simples como os mais sofisticados. Mesmo com este simpático cartão de visitas, sofre as agruras de ter comandados barulhentos e de péssima pontaria. Acertam mais na legenda do que nos adversários.
As deputadas Liliane, Eliana e Celina Leão, cada qual a seu modo, acreditam que são a cereja do fantástico bolo que, sem elas, não passa de um amontoado de massa e açúcar. Pobre Rogério! Presidente de uma legenda que tem tudo para ser o contraponto na disputa eleitoral, mas da qual volta e meia as “meninas poderosas” ameaçam pular fora. E toma água benta. Com isso, a força do partido começa a ser colocada em dúvida minando todo o esforço de conversar e busca novos personagens que agreguem mais força à sigla.
Rosso já explicou inúmeras vezes que existe uma proximidade do PSD com a presidente Dilma Rousseff, mas que isso não significa alinhamento automático ao PT de Agnelo. Ele tem mantido conversa com vários partidos tentando construir um projeto consistente, não obstante as ameaças das “meninas poderosas” em mudar de endereço partidário. Sem uma unidade coerente, fica complicado para o presidente pessedista avançar nas negociações com outras legendas. “Liliane e a Celina Leão acham que são realmente a cereja do PSD. Elas não têm um projeto partidário, mas somente um projeto político”, garante um pessedista de Goiás. Enquanto isso, Rogério rema contra a corrente num rio repleto de pedras, tentando alcançar uma margem segura para o projeto de 2014. Ninguém sabe se o PSD vai ter candidato próprio ou se será apenas um apêndice de outra legenda. Rogério insiste que vai manter o diálogo permanente com as colegas, mas não vai abrir mão de poder manobrar a favor da construção de um projeto de gestão para Brasília. “Sonho do PSD e de todos que acreditam, amam e que fazem de Brasília o melhor lugar do mundo para se viver”, frase que ele sempre diz aos seus interlocutores.
Finalmente, Liliane Roriz. Ela mira em três objetivos: ser reeleita com uma grande votação e almejar a presidência da Câmara Legislativa em 2014, ser convidada para uma vaga de vice numa coligação com chances de vitória ou disputar a Câmara Federal. Por isso ela faz tanto barulho como opositora, marcando território e sinalizando que pode embarcar num destes três projetos. O que prejudica a deputada são os boatos de que pode sair do PSD a qualquer momento. Esta insegurança atrapalha mais do que ajuda. Por exemplo: como ela vai explicar para o eleitor que pulou como macaco, de galho em galho em busca de se “dar bem na política”? Ao contrário do que ela imagina e que seus marqueteiros insinuam, esta não é a melhor estratégia para se construir uma imagem de oposição. Quem vai acreditar num político que, ao menor sinal de contestação sai do partido?
Liliane sabe que não pode contar só com seu pai num palanque. Ela terá que cavar votos com seu esforço pessoal já que Roriz dificilmente transfere votos. O capital político que ele tem são votos de gratidão, daquelas pessoas que foram beneficiadas pelos seus programas e que só acreditam nele. Isso já ficou provado em outros embates políticos em que Roriz não era o candidato ao governo. Para senador, por exemplo, a transferência de voto foi pífia para Maria de Lourdes Abadia.
Tecnicamente e sob os olhos da justiça, não estamos em campanha embora até as colunas de concreto dos edifícios saibam que a corrida eleitoral já começou pelas mãos de Agnelo, porém muitas almas ainda não acordaram para o debate político, conforme pesquisas qualitativas. A entrada em cena de Joaquim Roriz e José Roberto Arruda fez com que muita gente torcesse o nariz acreditando que em política existe sensatez. Não. Política é feita com emoção, delírio e não com o fígado. Se o fosse, Luiz Inácio Lula da Silva não teria chegado ao poder.
Arruda quer alguém para dar continuidade ao seu trabalho de obras inacabadas e que dê continuidade ao projeto estruturante de Brasília, oportunidade que Agnelo não soube realizar e capitalizar. Ao invés disso, tenta construir uma estrada estreita onde só ele e seus amigos podem passar. Por isso que lideranças das mais variadas siglas, almejam derrotar o governador petista. O problema é que até agora ninguém fala em projeto, só em derrotar Agnelo. Sem um projeto político-administrativo que empolgue corações e mentes, Agnelo passa de ano mesmo com nota baixa dos eleitores.
Dito isso, vamos pensar juntos. Quem nesta quadra de tempo escasso em lideranças – e esperanças –, teria as bênçãos destes dois carismáticos líderes? Vamos à lista de pretendentes. Começando pelo PSD, onde se encontra a maior concentração de sonhadores em ocupar a vaga de Agnelo Queiroz. Eliana Pedrosa, Rogério Rosso e Liliane Roriz, três personalidades políticas, cada qual à sua maneira, conhecidos do distinto público eleitor e com serviços prestados aos brasilienses, se insinuam, mas não levantam a torcida. Eliana, deputada habilidosa e extremamente profissional, tem a dianteira nas pesquisas às suas pretensões, mas está longe de agregar os vários segmentos da sociedade, principalmente as classes A e B, fatias importantes na construção de imagens. Ela também não empolga os empresários e partidos tradicionais com peso eleitoral para ser a porta-bandeira de oposição ao PT e seus aliados. Carece de mais articulação nos bastidores e menos barulho nas mídias sociais. Embora esta ferramenta seja eficiente, mostrando modernidade na comunicação com o público, no entanto não sensibiliza os formadores de opinião. Falta um projeto consistente que dê segurança aos apoiadores da ideia.
Rogério Rosso. Tranquilo, bom moço, sem afetação elitista e afável no trato com as pessoas, tanto os mais simples como os mais sofisticados. Mesmo com este simpático cartão de visitas, sofre as agruras de ter comandados barulhentos e de péssima pontaria. Acertam mais na legenda do que nos adversários.
As deputadas Liliane, Eliana e Celina Leão, cada qual a seu modo, acreditam que são a cereja do fantástico bolo que, sem elas, não passa de um amontoado de massa e açúcar. Pobre Rogério! Presidente de uma legenda que tem tudo para ser o contraponto na disputa eleitoral, mas da qual volta e meia as “meninas poderosas” ameaçam pular fora. E toma água benta. Com isso, a força do partido começa a ser colocada em dúvida minando todo o esforço de conversar e busca novos personagens que agreguem mais força à sigla.
Rosso já explicou inúmeras vezes que existe uma proximidade do PSD com a presidente Dilma Rousseff, mas que isso não significa alinhamento automático ao PT de Agnelo. Ele tem mantido conversa com vários partidos tentando construir um projeto consistente, não obstante as ameaças das “meninas poderosas” em mudar de endereço partidário. Sem uma unidade coerente, fica complicado para o presidente pessedista avançar nas negociações com outras legendas. “Liliane e a Celina Leão acham que são realmente a cereja do PSD. Elas não têm um projeto partidário, mas somente um projeto político”, garante um pessedista de Goiás. Enquanto isso, Rogério rema contra a corrente num rio repleto de pedras, tentando alcançar uma margem segura para o projeto de 2014. Ninguém sabe se o PSD vai ter candidato próprio ou se será apenas um apêndice de outra legenda. Rogério insiste que vai manter o diálogo permanente com as colegas, mas não vai abrir mão de poder manobrar a favor da construção de um projeto de gestão para Brasília. “Sonho do PSD e de todos que acreditam, amam e que fazem de Brasília o melhor lugar do mundo para se viver”, frase que ele sempre diz aos seus interlocutores.
Finalmente, Liliane Roriz. Ela mira em três objetivos: ser reeleita com uma grande votação e almejar a presidência da Câmara Legislativa em 2014, ser convidada para uma vaga de vice numa coligação com chances de vitória ou disputar a Câmara Federal. Por isso ela faz tanto barulho como opositora, marcando território e sinalizando que pode embarcar num destes três projetos. O que prejudica a deputada são os boatos de que pode sair do PSD a qualquer momento. Esta insegurança atrapalha mais do que ajuda. Por exemplo: como ela vai explicar para o eleitor que pulou como macaco, de galho em galho em busca de se “dar bem na política”? Ao contrário do que ela imagina e que seus marqueteiros insinuam, esta não é a melhor estratégia para se construir uma imagem de oposição. Quem vai acreditar num político que, ao menor sinal de contestação sai do partido?
Liliane sabe que não pode contar só com seu pai num palanque. Ela terá que cavar votos com seu esforço pessoal já que Roriz dificilmente transfere votos. O capital político que ele tem são votos de gratidão, daquelas pessoas que foram beneficiadas pelos seus programas e que só acreditam nele. Isso já ficou provado em outros embates políticos em que Roriz não era o candidato ao governo. Para senador, por exemplo, a transferência de voto foi pífia para Maria de Lourdes Abadia.
Tecnicamente e sob os olhos da justiça, não estamos em campanha embora até as colunas de concreto dos edifícios saibam que a corrida eleitoral já começou pelas mãos de Agnelo, porém muitas almas ainda não acordaram para o debate político, conforme pesquisas qualitativas. A entrada em cena de Joaquim Roriz e José Roberto Arruda fez com que muita gente torcesse o nariz acreditando que em política existe sensatez. Não. Política é feita com emoção, delírio e não com o fígado. Se o fosse, Luiz Inácio Lula da Silva não teria chegado ao poder.
Arruda quer alguém para dar continuidade ao seu trabalho de obras inacabadas e que dê continuidade ao projeto estruturante de Brasília, oportunidade que Agnelo não soube realizar e capitalizar. Ao invés disso, tenta construir uma estrada estreita onde só ele e seus amigos podem passar. Por isso que lideranças das mais variadas siglas, almejam derrotar o governador petista. O problema é que até agora ninguém fala em projeto, só em derrotar Agnelo. Sem um projeto político-administrativo que empolgue corações e mentes, Agnelo passa de ano mesmo com nota baixa dos eleitores.
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