Falta de leitos é um dos problemas no Hospital de Ceilândia

Um ano após uma vistoria do Ministério Público e do Conselho Regional de Medicina na unidade, a falta de leitos é o problema que persiste.

Na visita realizada no dia 23 de abril de 2012, as autoridades encontraram um deficit de pessoal, principalmente em relação aos médicos na clínica médica e na enfermaria interna. As falhas no sistema de informática eram frequentes e não havia servidor de informática lotado no hospital para resolver os problemas.

Foi constatada, também, a presença de pacientes de ortopedia internados em corredores e alguns esperando mais de 30 dias por cirurgia. Os prontuários também eram um problema, já que as folhas avulsas onde eram registrados os prontuários se perdiam facilmente e prejudicavam, especialmente os retornos.

Na maternidade, o segurança Wellington Gomes da Silva não tinha reclamações. Após o nascimento do filho, a mulher ainda estava em um leito, adequadamente instalada. “Está tudo bem lá. Nessa parte a gente viu tudo em ordem. Tem três em cada quarto, tudo tranquilo”, revelou.

Já a cabeleireira Kátia Jane Diniz, que acabou de ser avó, reclamava da demora em conseguir um leito. “Minha nora teve o filho há três dias e só ontem conseguiu leito. Também achei os médicos muito mau educados”, considerou.

O problema enfrentado pela aposentada Nivalda Freire de Souza, 53 anos, foi a consulta com um cardiologista remarcada por telefone e depois cancelada. “Ligaram adiando do dia 25 para 27. Aí cheguei aqui hoje (dia 27) e me disseram que a consulta tinha passado o dia. Tenho um coágulo no coração e já faço acompanhamento há bastante tempo. Fiz cinco pontes de safena”, contou. “Acho que é uma desorganização. Estão fazendo o povo de besta”, disparou. A situação é semelhante à descrita pelo relatório, onde funcionários relataram dificuldades com os prontuários.

A Secretaria de Comunicação informa que os problemas listados no relatório foram resolvidos, exceto o número de leitos, que ainda é o mesmo em relação ao ano passado. A equipe médica foi reforçada com 20 profissionais e o sistema de prontuários foi informatizado.

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