Jogos de futebol e shows internacionais demostram qualidade e capacidade do estádio
O Estádio
Nacional Mané Garrincha se prepara para receber grandes shows
internacionais, como Beyoncé e Aerosmith, e se firma como uma arena
multiuso que traz benefícios para o Distrito Federal.
Até junho de 2014, o GDF deverá lançar um edital de
licitação para escolher a empresa que vai gerenciar a programação
cultural e esportiva do espaço após a Copa do Mundo.
A ideia de que o espaço viraria um elefante branco ficou
para trás, tanto que foram realizados três jogos de futebol com times
consagrados no Brasil, como Flamengo e Vasco, hoje, que levou 61.767
torcedores ao local.
"Poucos lugares no país têm as mesmas condições que o
DF. A arena é bem gerenciada e o recurso público é bem aplicado", disse o
secretário Extraordinário da Copa no DF, Claudio Monteiro, em
entrevista à rádio CBN.
O primeiro jogo do Brasileirão entre Flamengo e Santos,
realizado em maio, foi o evento teste para a Copa das Confederações e
gerou a maior bilheteria registrada no futebol brasileiro, R$ 7 milhões,
e o maior número de torcedores, 63 mil pessoas.
Para Monteiro, a boa média de público é resultado da
alta renda per capita da cidade. A partida de hoje rendeu R$ 4,71
milhões em bilheteria, sendo mais de R$ 500 mil ao GDF.
"Brasília
tinha todos os ingredientes, mas faltava um espaço adequado", avaliou o
secretário em reportagem do jornal Zero Hora, que destacou a
importância da arena e como ela movimenta a economia da cidade.
SEGUNDA CASA- Durante a partida deste domingo,
que terminou 1 x 0 para o Flamengo, o governador Agnelo Queiroz recebeu
do presidente do time vitorioso, Eduardo Bandeira de Mello, uma camisa
confirmando que Brasília se tornou a segunda casa da equipe. Os telões
do estádio também avisaram os torcedores sobre o título.
"Brasília é hoje uma das principais praças de futebol
do país, nós estamos criando uma cultura para o futebol. E isso mexe
também com a economia da cidade, enche hotéis, bares, restaurantes. O
Flamengo observou uma oportunidade, teve visão, por isso se adiantou,
mas não será só ele, outros times e clubes de outros Estados também
virão", afirmou o governador.
Além do Flamengo, que já negociou outros cinco jogos na
arena, o Fluminense também tem intenção de fechar o contrato com o
estádio de Brasília, segundo informações do jornal O Globo, que também
ressaltou, em reportagem, que a ideia de que o Mané Garrincha viraria um
elefante branco foi superada.
"Brasília é um destino interessante, onde temos
torcida. Já conversamos, mas não jogamos lá devido ao prazo. Tudo que
precisamos é jogar sem ter altos custos com o campo e o governo do DF é
bom de negociação", afirmou para o jornal o superintendente-executivo do
Fluminense, Jackson Vasconcelos.
SHOWS- Na área cultural, o Mané Garrincha provou
ter todas as condições para promover grane eventos, como o Renato Russo
Sinfônico que atraiu 45 mil pessoas e teve transmissão ao vivo no canal
Multishow.
As próximas atrações confirmadas são internacionais,
como a apresentação cantora americanas Beyoncé, marcada para 17 de
setembro - para o qual mais de 20 mil ingressos já foram vendidos - , e a
banda de rock Aerosmith, no dia 23 de outubro.
"A cidade tem interesse, quer participar, só faltava um instrumento para isso, agora temos esse instrumento", relatou Monteiro.
A
organização, segundo o secretário, é um dos diferenciais e em todos os
eventos já realizados na arena, não houve nenhum registro de ocorrências
graves. "Fizemos todos esses eventos e não tivemos nenhuma ocorrência,
algo inédito no país. Sempre há pelo menos 1.500 policiais trabalhando
nessa área, o que garante a segurança", avaliou.
O governador considerou o sucesso dos eventos no
estádio um mérito também da torcida brasiliense. "Quem fez o maior
espetáculo foi a torcida que não parou. Foi ordeira, civilizada e
alegre. Isso mostra, antes mesmo da Copa do Mundo, que temos uma torcida
nacional, é literalmente o Estádio Nacional Mané Garrincha".
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